domingo, 20 de abril de 2014
domingo, 13 de abril de 2014
Quylombo II
discovoadorava sol-fevereiro
co'a língua azul num meio-dia fritador
confete confeito nos confins da linha da terra e do céu
chovia fotográfico amor 3X4
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coração jornal declarava desempregada história da Terra de Santa
Cruz
zarpareando rios morrendo
rios por morrer
baú colonial levado por mãos-pilatos
crendice estoica televisiva
Terra sem Santa nem Cruz zunindo nas avenidas
chocadeira de dreams made in Saturno Company
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out-doors de mulheres cosméticas bulindo hora escritório
corações ornitorringam caroço de emoções
raiz e delírio da aresta muda das trigonometrias
corporais
verbo escuro
chama extensa
atlanticando brasileiros
descobrir descoberta
insurreição
1983
sexta-feira, 11 de abril de 2014
Coreografia
desvestimos hora noturna
tvejo nua em rasgado desejo
minuto elétrico
antropofagia escancarada
violinos-vivaldi ensurdecem
ouvidos da casa
braços e pernas embaralhados
cegueira da paixão
a-mar
mar despido de ossos
ancoras, cadeados
pentagrama de sal
mineral música
sonho de peixe
a-mar
mar sem corpo
sem ser mar
aprendizagem muda de amar
domingo, 6 de abril de 2014
fichas da telesp
via telefone
a voz de Alice completa
minhas poesias incompletas
com alicate e arame
amarrar cravos, rosas
sem cartão
e escrever tragédia brasileira ou elegia chinesa
sem folego diante do trafego
o poema fica sem assinatura
perde-se sem nenhuma xerox
ventania cinzenta varrendo
gravetos, nuvens quebradas, raízes, baús
almanaque das cores definindo julho contorcido
ferragens onomatopeicas
relógio dispara
os anéis de saturno não servem para nenhuma aliança
telefone fora do gancho
Alice não saberá
nada
1989
Aquarela urbana
morrer o sol
colorir o cotidiano
limite da emoção
revelando amor incompleto
nutrimos a utopia
no calor da pele
embrião poema
já sentia o mundo antes de ser rabisco
velocidade urbana abortando o vir a ser
guardado nos olhos
mapa impermeável da rebeldia
guardado nos olhos o esboço da flor
moldada em fogo
para incendiar o coração da cidade
sábado, 5 de abril de 2014
rascunho
pedaços do que sou
em fotografias tremeluz
mutante verbo
envelhecer o corpo
torres da cidade
arco solar rasgando ventre matinal
eros e thanatos
nas veias carrego
na boca do tempo
olhares despidos
urdimos viver
carne da poesia e rabiscar selvagens palavras
depois abrigar flores em chamas
na cidade sem chaves
escrevo palavra
ponto
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