micro poemas
I novembro desnudo
luminosidade solar
dias em brasa
debaixo do chuveiro
chover palavra
II anjo da morte sorri
na TV no celular
cidades destroçadas
bombas sangue crianças mortas
pétalas do amar a socorrer
suturar
III verbo rebelde pulsa
recolho poesia acéfala
descaminhos da história
adormecem andarilhos famintos
sob a sombra dos edifícios
IV amor resiliente
sobrevive as chagas resistentes
gráficos analises para acumular
esqueletos de Hades cavalgam nas cidades
V noites sem limites
cicatrizada na carne
ruas desertas
ecoam motores
galos madrugadas
cultivar sementes de sol
novembros comigo...