Espadas em punho
Agosto 28
vento invade a sala
em dias de elegia amor 3 x 4 espalha-se no corpo
retalhos de vida e morte
desmontar sentimentos acomodados
superar a dor
espelhos estilhaçados
febril poesia
pelos arrepiados
beber as horas
alvorece historia
em dias de elegia
olhar e comover-se no lusco fusco
grito parado no ar
dissolvendo ferrugem dos dias
Amor em desassossego
Ogum, Iansã e a flecha de Oxossi versus os cavaleiros da morte
Ogum capê dã meji dã pelu onibã
Superar calendário de ausências
os lábios secos
revolver a dor
Cópula de versos empilhados
fúria e som
na pele da aurora
Salvação de sombra e luz
luzes da cidade desnudam segredos
despir as maçãs da fruteira
Amplia-se mapa e geografia
faíscas reluzem no espaço
vidas e vozes a superar a morte
dias de embate
resistem as cidades
os homens
assim vivemos