terça-feira, 30 de abril de 2013

Artesão





...do barro nasceu palavra tingida de sangue
vinho da vida correndo veias, artérias
Na construção dos dias 
multiplicação das células 
subversão dos sentidos 
encurralando sombras e luzes
arquitetura da amargura urbana

...do barro nasceu canto de fúria
marcha dos homens a devorar a história 
a mendigar amor
toda a poesia sai para as ruas em rebeldia 
cruzar de espadas no ar.
Ao barro voltarão mitos despidos de suas cascas
promessas de areia
catedrais do poder e verbetes do ódio.
Na memória dos livros
todas as cores que tenho nas mãos
cidade amanhece sem espelhos.

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