sexta-feira, 10 de maio de 2013


Outono




Abril ardia frio no rosto. A claridade intensa o obrigava a baixar os olhos e fitar a calçada. Sons quebrados, pensamentos incompletos abarcavam aquela manhã. Nem lembrava se havia trancado a porta ao sair de casa, encolhido andava pela rua, com a conta da luz vencida, uma receita de analgésico nos bolsos e o gosto de café requentado na boca, subitamente foi surpreendido com um carro em alta velocidade invadindo a calçada e o atropela.
Morre antes de dar entrada ao pronto-socorro. O vento cortava feito faca afiada naquela manhã...



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