micro poema VII
iniciação
são paulo sem garoa
rua libero badaró
papelaria do rosário
comprei canson e giz pastel
são paulo sem garoa
ruas no tabuleiro das falsas ilusões
melhor seguir adiante e espinho
pássaros não gorjeiam em sampa
maturidade
são paulo comoção vivida
giz pastel meu rosto mutante
meus limites e parafusos
álgebras tortas
dedos sujos de tinta
bandeiras levo comigo
cavalete aberto
das cinzas renasce o poema
meus pés descalços no frescor do chão
luz da tarde declina
compartilhar com os orixás
êpa êpa babá
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