micro poema VIII
o inferno dos vivos
o inferno dos mortos
desde sempre
marcha de ódio e lagrimas
escombros cicatriz
pelos campos do planeta sementes de ferrugem
cultivadas
distribuem ovos da guerra
exercito de refugiados afogam-se famélicos
mancha solar no quarto
ar abafado copo cheio de vazio
versos sem olhos
perde-se na folha de papel
gira a chave na fechadura
lugares fatos outras pessoas
cadeira de rodas
pinceladas aceleradas
primaveras espero desde sempre
curar feridas pouco a pouco
apagar os mapas
romper muralhas
inundar a opressão
lampejos libertários
ainda arrepiam a pele
2023 finda
lá fora começa chover com ventania...
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