terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Corpo



...as vezes as palavras dormem nos livros
então fico com sede
não há água para sacia-la
meu reflexo no espelho 
barba por aparar
...as vezes prefiro o som da chuva 
imaginar a rebeldia da semente rompendo a casca a terra.

...as vezes os espíritos antepassados 
entram na sala deixando aroma amigo
...as vezes as palavras florescem 
alarmante verbo me põe nu diante de imagens e cores
as vezes pululam fotografias cotidianas a desnudar cegueira do amar
as vezes olho o violão esquecido no canto da parede 
sobrevive som imaginário
desdenho...

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