quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Limites



...suor escorre
fevereiro tremeluz
meu olho pirata
ano sem poesia
adianta olhar as horas ?

Raios fatiando espaço
algodão negro, negro,
nuvens despencando.
Jogo dados,
silvo dos deuses
probabilidades, trigonometria sem sangue
artroplastia de quadril e bengala
espesso chover, paisagem branca despindo a pele.

Ontens somados
matemática que não aprendi
hora sustenida
música sem salvação.
Noticiário   de TV
asteroide rasga céu russo
vingança de Rasputin ou Stalin ?
Luzes e negror
nenhuma comoção arroba ponto com
embriago-me nos olhos cosméticos
dispo agenda, calendário
em vão escrevo cartas 
pôr fogo em tudo
multiplicam-se as células 
até que a morte me separe.

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