Vidro e corte
Madrugada de ébano
sabiás enchem de som palavras cegas a despertar
corpo amarrotado.
Amor despido
motores alertam a vida
rádio anuncia cotidiano
madrugada na pele
hora sem esqueleto
morre líquida nas ruas
nas páginas em branco
Estilhaços das cores
ferem meu rosto
chuva e ventania
abarcam proletários gris.
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