domingo, 19 de maio de 2013



Linha & anzol




...madrugada e trem urdido de vento, gravetos, folhas caídas
correndo entre casas dormindo
uivos longínquos
montanhas lunares
cio de estrela enfeitiça
amor cicatrizado

trem veloz expelindo
retalhos de um dia azul
estátuas ensolaradas
asa de borboleta
retratos ancestrais

movimento pesado sobre meu corpo
trem passando
madrugada despida entra no quarto 
trazendo potes de versos, raízes cantantes, flores de luz
corpo a corpo
nívea fome 
metamorfose das horas
madrugada despedindo-se
amor escrito em pergaminhos 
rolando nos labirintos da cidade
trem onírico desaparece alaranjado
no amanhecer do meu rosto.  


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