sábado, 18 de maio de 2013


Réquiem ao poeta
17 de agosto de 1987

...das montanhas de Itabira
drummond poesia de andrade
bordado na rosa do povo
algum amor e metalurgia
forjando alguma poesia
atrás dos óculos
o nome da tua carne (Carlos)
movimentou a máquina do mundo
verso do alquimista...
De coração aberto
verso de tinta amorosa colorindo
o oceano das multidões
as montanhas de Minas
guardando poema raro
o poeta traduzindo
sonho das pedras
arquitetura das florestas
a força do amar em cotidiana verdade
domando selvagem solidão das cidades
um país sem idade
sem códigos dentro do homem carlos
drummond poesia de andrade
mineiramente
o anjo torto saiu da sombra
silencia a palavra
o itabirano morto
a luz apagou
a poesia comovida
e agora carlos ?


Nenhum comentário:

Postar um comentário